sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

SEMINÁRIO: Lo que Queda de Auschwitz?

Amigos e amigas,
Segue o esquema da apresentação de ontem sobre o texto de Agamben.
Um forte abraço,
Isaac Luna.

AGAMBEN, Giorgio. Lo que Queda de Auschwitz?: El archivo y el testigo – Homo Sacer III. Valencia – España: Pre-Texto, 2002. p. 7-40
ADVERTENCIA
- O texto trata do significado ético e político do extermínio de seres humanos, especificamente do caso de Auschwitz, vez que as circunstâncias históricas já estão bem definidas por estudos anteriores, máxime os de Hilberg (p. 07);
- Analisa a razão dos comportamentos de carrascos e vítimas (campo de convergência), a partir de testemunhos de sobreviventes /homem comum – Arendt, Banalidade.../ (p. 09);
- Trata-se de um esforço para contraditar a opinião dos que “querem que Auschwitz permaneça incompreensível para sempre” (p. 08);
- Entende Agamben que como resultado do seu estudo é possível sustentar que “quase nenhum dos princípios éticos que o nosso tempo crêr puder reconhecer como válidos suporta a prova decisiva das circunstâncias de Auschwitz” (p. 10).
I – EL TESTIGO
- O testemunho perfeito de Levi
- Etimologia da palavra (latin):
§ TESTIS – aquele que se situa como terceiro
§ SUPERSTES – aquele que viveu uma determinada situação até o final dos acontecimentos e está em condição de oferecer um testemunho, um relato (p. 15, 1.3).
- Etimologia da palavra (grego):
§ MARTIS, MARTI – MARTIRIUM - Ligação com um verbo grego que significa recordar (p. 25-26)
- Não visa o estabelecimento dos fatos como processo – reconhecimento de uma zona cinzenta entre carrascos e vítimas; É uma zona de irresponsabilidade e impotência judicial (p.20) - “nenhum grupo era mais humano que outro” (p. 16);
- Distinção entre questão de fato e questão de direito “... a verdade tem uma consistência não jurídica” (p. 16);
- Verdade jurídica (verdade real do proc. Penal)– Kafka / Luhmann (p. 17-18);
- A verdade jurídica como impersília para a verdade dos fatos – Nuremberg (p. 18);
- Confusão entre direito, moral e teologia – Hans Jonas – Teodiceas (p. 18-19);
- Responsabilidade ética e responsabilidade jurídica (spondeo) (p. 20);
- O caso Eichmann (Caso dos denunciantes invejosos) “uma responsabilidade moral só tem valor quando se está disposto a sofrer as consequências jurídicas” (p. 21); Spinosa (p. 23);
- Sonderkommando (SS) “haver concebido e organizado as esquadras foi o delito mais demoníaco do nacional-socialismo” (p. 24);
- Racionalidade do holocausto (Levi, p. 25 – partidas de futebol);
- Etimologia da palavra holocausto (p. 28):
§ HOLOCAUSTUM (latin)
§ HOLÓKASTOS (Grego)
- Doutrina sacrifical da bíblia – “sacrifício supremo, como forma de entrega total a causas sagradas e superiores”;
- Eufemismo (euphemein): observar em silencio religiosa
- shoá (castigo divino na bíblia) (p. 30); Acontecimento sem testemunha (p. 35);
- O artigo em um diário francês e a desmistificação de Auschwitz (p. 31);
- “dizer que Auschwitz é incompreensível é compará-la a um deus, e assim contribuir para a sua glória” (p.32);
- O caso Hurbinek (p. 37-38);
- Isso retrata, para Agamben, a aporia de Auschwitz: a não coincidência entre fatos e verdade, entre comprovação e compreensão.

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